Morreu no início da noite deste domingo, 02 de agosto, em Brasília, onde estava internado em função da infecção do Covid-19, o médico alagoano Dr. Brancildes Olímpio do Espírito Santo Júnior. Ele tinha 63 anos e deixa a esposa dra. Graça Melo e três filhos também médicos: Rodrigo Melo, Tiago Melo e Jéssica Melo.
Brancildes Junior foi mais um profissional da saúde contaminado pelo Covid-19, e que desenvolveu a forma grave da doença que o levou à morte.
ATUOU EM EUNÁPOLIS
Natural de Maceió, dr. Brancildes era muito conhecido em Eunápolis, onde ajudou a implantar o Hemocentro Regional. Ele atuou durante 10 anos, de 1997 a 2007, em Itabuna e em Eunápolis, no extremo sul do estado, oportunidade em que desenvolveu diversas campanhas em busca de doações.
De Eunápolis, mudou-se para Barreiras sempre com foco em trabalhos sociais. Tinha, inclusive, um programa de rádio voltado para essas questões.
INTERNADO EM BRASÍLIA
Em meados de julho, Brancildes e a família postaram um vídeo nas redes sociais, no qual comunicavam à população de Barreiras, onde morava, que haviam sido contaminados pelo Covid-19.
No caso dele, a doença evoluiu, junto com outros problemas de saúde e teve que ser levado em estado grave para Brasília onde ficou internado por mais de 15 dias, até sofrer uma parada cardíaca que o matou, neste domingo.
Dias depois de divulgar o vídeo, sua esposa divulgou em redes sociais que Dr. Brancildes tinha sido encaminhado para Brasília, em função do agravamento de sua doença. Ele acabou sendo entubado e devido às complicações do quadro de saúde necessitou realizar sessões de hemodiálise.
No sábado, dia 01, em nota oficial da família, foi informado que Dr. Brancildes apresentava melhoras e pedia orações aos amigos e conhecidos. Como a hemodiálise é bastante evasiva e devido à gravidade de sua saúde, Dr. Brancildes acabou sofrendo uma parada cardíaca.
MORAVA EM BARREIRAS
No Oeste baiano ele se estabeleceu, com a mulher e os três filhos, Rodrigo, Tiago e Jéssica (todos médicos) no município de Barreiras, de onde tornou-se referência no exercício da medicina e na política regional. Foi vereador no município de Riachão das Neves, presidente da Câmara e vice- prefeito.
Entre os legados deixados por Brancildes Junior em Barreiras está o pioneirismo na criação do primeiro centro de hemodiálise do oeste baiano (o Unisangue), logo quando chegou à cidade, no início dos anos 2000.
Nesta segunda-feira, a Prefeitura de Barreiras decretou luto oficial de três dias e emitiu Nota de Pesar pela morte do médico alagoano.
Por: Rose Marrie Galvão