Foram presos suspeitos de se passar por outras pessoas e votar com documentos falsos

falsos-eleitoresA polícia prendeu uma quadrilha especializada em fraudes eleitorais. Entre os quatro homens presos, está um servidor do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Eles são suspeitos de usar documentos falsos pra votar no lugar de eleitores, em Queimados, na Baixada Fluminense.

A Polícia Civil já vinha monitorando possíveis casos de boca de urna e fraude eleitoral e, pouco antes das eleições, recebeu a denúncia sobre a quadrilha e conseguiu encontrar três dos suspeitos, dentro de um carro, perto de uma zona eleitoral, no início da tarde do último domingo (2).

screenshot5Eles foram presos em flagrante com 20 envelopes timbrados do TRE. Com eles, também havia 97 carteiras de identidade falsas, 65 títulos de eleitor e 27 comprovantes de votação.

Um vídeo exibido pelo Bom Dia Rio desta terça-feira (4), mostra o momento em que os suspeitos estão na delegacia da Baixada Fluminense. Os suspeitos foram identificados como Wallace Machado Oliveira, Marcelo da Silva Ribeiro, Ramon Rodrigo Ferreira Gonçalves e Mário César Pereira Gomes.

Também foram encontrados com o grupo quase R$ 2 mil reais em dinheiro. Em depoimento, os três contaram que recebiam cerca de R$ 250 pra cada voto fraudado e que foram contratados por um funcionário do TER, Mário César Pereira Gomes.

funcionário do TRE
funcionário do TRE

As identidades falsas tinham as fotos dos suspeitos, mas os títulos de eleitor eram verdadeiros. No domingo à tarde, durante a votação, um eleitor chamou a polícia depois de descobrir que alguém tinha votado no lugar dele. De acordo com o registro de ocorrência, isso aconteceu em uma seção eleitoral da Vila Tinguá, em Queimados.

A Polícia Federal agora investiga a dimensão do esquema da quadrilha e quer saber se há participação de outras pessoas na fraude, inclusive de um candidato a vereador de queimados que foi eleito.

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de janeiro disse, em nota, que vai instaurar processo administrativo disciplinar, que pode acabar na demissão de Mário César Pereira Gomes. O TRE reafirmou, ainda, a confiança na idoneidade dos servidores da Justiça Eleitoral e destacou que se trata de um caso isolado, que será apurado com rigor.

Fonte: G1/RJ

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