Promotor de justiça recomendou ao prefeito desfazimento do acordo com empresa de ônibus, sob pena de responder criminalmente

Na ultima segunda-feira (11/12/2018) o promotor de justiça Dinalmari Messias concedeu uma entrevista ao radialista Anaildo Colônia, no programa “Fala Povão” onde discorreu sobre a possível fraude processual que envolve a prefeitura de Eunápolis e a empresa de transportes Eunapolitana (GWG).

Surgiu na câmara de vereadores um projeto de lei do executivo que visa conceder a empresa de ônibus o valor de 400.000 R$, com o fito de estabelecer “reequilíbrio econômico” uma vez que foi alegado pelo empresário que a gratuidade (que é lei federal) e o transporte clandestino de passageiros contribuíram para o insucesso financeiro da empresa.

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Em trecho da entrevista o promotor afirmou que Adelson chegou a ponto de ameaçar de tirar os ônibus de circulação caso o projeto não fosse aprovado; coincidentemente no dia da votação a câmara o plenário estava lotado e com a presença massiva de funcionários da empresa Eunapolitana.

Ainda no bojo de sua entrevista, foi citado que Adelson chantageou, ameaçando retirar os ônibus de circulação se o Projeto não fosse aprovado na Câmara Municipal. Salientou ainda, que o diretor da empresa não tem como convencer e não tem base legal para colocar nas suas planilhas de prejuízos o transporte de idosos e deficientes físicos, já que se trata de uma Lei Federal. Ressaltou que o preço de R$ 4,50 por passagem colocado na planilha, é injusto, uma vez que, em outras cidades maiores, a exemplo de Itabuna, a passagem custa R$ 3,10.

Foi citado ainda dentro da entrevista, o discurso do vereador Jota Batista, na Tribuna da Câmara no dia, 06, afirmando que Adelson é “laranja”. O promotor indagou de quem Adelson é “laranja”, e deve se verificar e se ele tem patrimônio?

A questão do transporte de passageiros na cidade de Eunápolis é muito delicada. Segundo Adelson, o quadro é vergonhoso, sendo sua empresa obrigada a transportar gratuitamente 57 mil passageiros por mês que incluem deficientes, idosos, policiais, meia passagem para alunos, e outros. A empresa de transporte público é obrigada a rodar com passageiro ou não.

Além de transportar 57 mil gratuidades por mês, o transporte público de Eunápolis está sendo encurralado por cerca de 120 veículos que fazem o transporte clandestino de passageiros, dividido entre 80 táxis clandestinos e 40 veículos chapas cinzas. “Com chaves do carro nas mãos motoristas do transporte clandestino arrancam os clientes dos ônibus numa prática ilegal à vista das autoridades públicas”, esclareceu.

 

Trechos da matéria por: Jackson Domiciano/AGAZETABAHIA

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