Pessoas viciadas em redes sociais têm mais chances de desenvolver depressão

Passar horas nas redes sociais faz com que você aprecie em seu feed sobre a viagem do seu amigo para o exterior, idas dele a bons restaurantes e momentos da última festa. Porém, ser exposto a somente essas informações lhe dá a impressão de que a grama do vizinho é mais verde, e isso pode te fazer mal!

A psicóloga do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Ana Luíza Martins, diz que ver momentos felizes todo o tempo gera sentimentos de frustração, insegurança e pode desencadear depressão, uma vez que a pessoa passa a acreditar que a sua vida é menos interessante que a dos outros.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a doença afeta 4,4% da população mundial. O Brasil é o país com maior prevalência desse distúrbio na América Latina, o qual afeta cerca de 11,5 milhões de indivíduos. Também somos recordistas mundiais em prevalência de transtornos de ansiedade: são 18,6 milhões de pessoas, representando 9,3% da população.

Segundo estudo realizado pela Escola de Medicina da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, que entrevistou 1.787 adultos com idades entre 19 e 32 anos, os usuários que passam grande parte do tempo na internet têm quase três vezes mais chances de sofrer de depressão do que aqueles que conferem suas redes sociais com menos frequência.

Fazemos parte de uma sociedade feita de competitividade, de estresse e de consumismo, o que deprime ainda mais as pessoas

Familiares e amigos próximos podem observar sinais de que algo errado está acontecendo! Mudanças em hábitos como comer, beber ou dormir, oscilações de humor, como mais tristeza e/ou mais irritabilidade, forçar um semblante feliz, falar de maneira mais filosófica do que o normal, sentir as coisas de forma mais intensa e ter um ponto de vista menos otimista são alguns sintomas.

Conversar sobre a depressão é o melhor caminho para o tratamento quando ela já está apresentando seus traços. Pequenas ações diárias podem ser consideradas pílulas para a prevenção do chamado mal do século.

Redes sociais são importantes, mas estar rodeado de pessoas que se ama, separar um tempo para si mesmo, praticar exercícios e fazer atividades prazerosas trazem muito mais benefícios!

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