Assim como o PDT de Ciro Gomes, partido de Manuela D’Ávila, mesmo enquanto oposição, deve se aliar ao PSL de Bolsonaro para reeleger Rodrigo Maia (DEM-RJ) como presidente da Câmara dos Deputados; “Momento é de fazer composições políticas que permitam nosso combate”, disse a presidenta do partido, Luciana Santos.
Após reunião entre parlamentares e a Executiva Nacional do partido, o PCdoB decidiu, no início da noite desta terça-feira (15), indicar apoio à candidatura de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a presidência da Câmara. Com a resolução, o partido de Manuela D’Ávila se une ao PDT de Ciro Gomes, que também optou pelo apoio a Maia no último final de semana.
A composição para reeleger o deputado carioca como presidente da Casa causou revolta em parte dos militantes do PDT e também do PCdoB uma vez que isso significa se colocar ao lado do PSL de Jair Bolsonaro, que também apoia Maia. Em vídeo divulgado nas redes sociais, no entanto, a presidenta do PCdoB, Luciana Santos, pondera que Rodrigo Maia tem cumprido acordos com o partido nos últimos anos e que “o momento é de fazer composições políticas que permitam que nosso combate, debate de ideias e resistência possam se desenvolver”, já que uma candidatura de um parlamentar de esquerda seria praticamente inviável.
A indicação do PCdoB e do PDT de apoio a Maia ainda será discutida com o PSB, outro partido que pretende formar bloco de oposição ao governo.
Os outros partidos do campo progressista, PT e PSOL, rejeitam um eventual apoio a Rodrigo Maia ou a qualquer candidato ligado ao chamado “centrão” ou ao governo. O PSOL já lançou Marcelo Freixo (RJ) como candidato à presidência da Casa. O PT, por sua vez, ainda não indicou nem candidato e nem apoio, mas garantiu que não seguirá a mesma indicação de PDT e PCdoB.