O colapso na saúde de Eunápolis

A saúde é direito de todos. Precisa ser garantida através de políticas sociais e econômicas que reduzam riscos de doença e de outros agravos. E,  mediante ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

Isso é o que diz o artigo 196 da Constituição Federal de 1988. No entanto, alguns municípios da Bahia, especialmente Eunápolis, parecem desconhecer completamente esse item  e ignorá-lo.  É inadmissível que em pleno século 21 um hospital público não disponha de insumos básicos, sem leitos de terapia intensiva para o tratamento dos casos de maior gravidade, sem remédios, equipamentos hospitalares etc.

Há muito, a população apresentou um sentimento de fé de que as coisas iriam melhorar. Afinal, não podemos ser pessimistas e achar que as coisas só podem piorar.

Mas, diversos vereadores, e alguns governantes entraram e saíram da Câmara Municipal e Prefeitura, fizeram todas as promessas possíveis e inimagináveis. Diziam que a saúde em geral e o tratamento nos hospitais iria melhorar. Lamentavelmente, nossa realidade, passados todos esses anos, piorou e parece um filme de terror. Um pesadelo.

A situação é de calamidade pública, sem qualquer possibilidade de melhora, nem a médio ou longo prazo. A população eunapolitana encontra-se abandonada pelo poder e pelas autoridades.

O que se observa ao longo dos dias, é uma briga de manipuladores de opinião, que se auto intitulam “IMPRENSA” onde por um lado existe uma defensa sem precedentes, e um escárnio em face da inteligência de qualquer ser pensante, que basta fazer uma pequena visita ao hospital, para comprovar o caos que ali se instalou, por outro lado, outro grupo politico que vez após vez denuncia tais abusos e escândalos. Além disso, vez ou outra, nos deparamos com pequenos grupos filantrópicos, que apregoam um amor pela cidade, e também o desejo de que as coisas ocorram corretamente, mas, que diante de interesses pessoais se calam, tomando uma postura antagônica a ideia que pregaram anteriormente, passando a ovacionar os atos do executivo e legislativo.

Fica a pergunta: EM QUEM CONFIAR?

Até quando pacientes irão sofrer por várias horas nos corredores do hospital, ou irão permanecer com tesouras cirúrgicas, deixadas no interior do seu abdômen?

Onde estará Rodrigo Kuada, secretário municipal de saúde?

A condenação vem sempre em cima de quem mais necessita de ajuda, a população carente.

Carente de atenção, saúde, segurança pública, educação, e, no final de tudo, de uma política que seja voltada para os interesses sociais.

Até quando seremos condenados a essa sentença mortal?

 

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