Nesta quinta-feira 21 de março, a Polícia Civil cumpriu, nas cidades de Eunápolis, Teolândia e Itagimirim, mandados de busca e apreensão contra investigados por exercício ilegal da medicina, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e associação criminosa. A ação policial fez parte da 12ª fase da Operação Unum Corpus.
Um dos mandados cumpridos foi na residência de Marco Aurélio de Melo Franco, em um condomínio no bairro Centauro, em Eunápolis. Ele era diretor do Hospital Municipal de Itagimirim, onde atuava um falso médico, Paulo Rogério Ferreira, de 50 anos. Marco Aurélio foi exonerado do cargo um dia depois da prisão de Paulo Rogério, em dezembro de 2023.
CUMPRIMENTO DE MANDADOS
A polícia não conseguiu apreender documentos na residência de Marco Aurélio porque, ao chegar ao local, foi informada que ele se mudou do condomínio depois que o caso de falsidade ideológica veio à tona.
Paulo Rogério Ferreira, de 50 anos, falso médico preso em Itagimirim
No Hospital de Teolândia, foram encontrados diversos prontuários médicos assinados por Paulo Rogério Ferreira. Um celular de um funcionário daquele hospital também foi apreendido.
INVESTIGAÇÕES
De acordo com o coordenador regional de Eunápolis, delegado Paulo Henrique de Oliveira, durante as investigações, foi identificado um segundo suspeito, que também atuava no Hospital Municipal de Itagimirim, com a anuência do diretor do hospital.
As investigações também identificaram um funcionário público do Hospital de Teolândia que mantinha contato com Paulo Rogério Ferreira, encaminhando-o para diversos hospitais do interior da Bahia onde poderia atuar como plantonista.
O coordenador da 23ª Coorpin informou que a companheira de Paulo Rogério utilizava a conta bancária dele para receber os pagamentos dos plantões, com o objetivo de ocultar a verdadeira identidade do investigado. Ela será indiciada por associação criminosa e lavagem de dinheiro.
PREFEITO DE ITAGIMIRIM
Ainda segundo o delegado, o prefeito de Itagimirim, Luiz Carlos Júnior Silva de Oliveira, conhecido como Luizinho, chegou a ser atendido por um falso profissional. Ele teve que retornar ao hospital no dia seguinte porque a medicação foi prescrita de forma errada.
Na época da prisão do falso médico, a prefeitura informou que o investigado não era funcionário contratado do município e atuava com documentação profissional falsa por uma empresa credenciada que prestava serviço à Secretaria de Saúde de Itagimirim.