Magistrados são investigados por suposta venda de sentenças ligadas à grilagem de terras. Para relator, provas ‘robusteceram e ampliaram o cenário de atividades criminosas’.
A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ), formada pelos 15 ministros com mais tempo de atuação no tribunal, prorrogou nesta quarta-feira (5) por mais um ano o afastamento de quatro desembargadores do Tribunal de Justiça da Bahia e de dois juízes de primeira instância do estado.
Eles estão fora do cargo desde novembro do ano passado, e devem continuar afastados até fevereiro de 2021. Todos são investigados por participar de suposta organização criminosa para recebimento de propina, venda de decisões judiciais e grilagem de terras envolvendo a cúpula do Judiciário na Bahia.
Ficam afastados os desembargadores:
- Gesivaldo Britto, presidente afastado da corte estadual;
- Maria do Socorro Barreto Santiago;
- José Olegário Monção, e
- Maria da Graça Osório.
Também ficam afastados os juízes de primeira instância:
- Sérgio Humberto de Quadros Sampaio
- Marivalda Moutinho.
Na decisão que afastou o grupo no ano passado, o relator Og Fernandes apontou “uma teia de corrupção, com organização criminosa formada por desembargadores, magistrados e servidores do TJ-BA”.
Ao manter o afastamento por mais um ano, nesta quarta, Og Fernandes afirmou que as investigações e materiais coletados pela Polícia Federal “robusteceram e ampliaram ainda mais o cenário de atividades criminosas anteriormente vislumbrado”.
No julgamento, a Corte rejeitou pedidos para afastar outros dois servidores do tribunal: o juiz de primeira instância Márcio Reinaldo Miranda Braga e o assessor de desembargador Antônio Roque do Nascimento Neves.
Fonte: G1