Foi feito um estudo por pesquisadores da Fiocruz, onde mostra que adultos infectados pela variante brasileira P.1 do coronavírus, identificada primeiro no Amazonas, têm uma carga viral dez vezes maior do que adultos infectados por outras cepas do vírus. Em resultado disso, a variante se espalhará mais rápido.
“Se a pessoa tem mais carga viral nas vias aéreas superiores, a tendência é que ela vai estar expelindo mais vírus – e, se ela está expelindo mais vírus, a chance de uma pessoa se infectar próxima a ela é maior”, enunciou Felipe Naveca, que é pesquisador da Fiocruz Amazonas e líder do estudo.
Foi analisado 250 códigos genéticos do coronavírus durante quase um ano. A amostragem cobriu o primeiro e segundo pico da doença, em abril, no final do ano passado e início de 2021.
Os pesquisadores notaram que essa maior quantidade de vírus não acontecia, entretanto, nos homens que tinham acima de 59 anos.
Inúmeros pesquisadores já viam a A P.1 como mais transmissível, por conta de mutações que ela sofre na região que o vírus usa para infectar as células humanas.
Surgiu no Amazonas, porém, outros estados já detectaram infecções pela variante, como por exemplo: Mato Grosso e Maranhão.