O ministro Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro , foi alvo de questionamentos em um supermercado de Brasília a respeito do caso de Fabrício Queiroz , ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) , citado em relatório do Coaf por movimentações financeiras atípicas. Em vídeo, gravado pelo próprio manifestante, o ex-juiz aparece ao fundo em um caixa do estabelecimento.
“Por que o Queiroz não é pauta? Estou questionando. A roubalheira do PT é pauta, mas a do Queiroz, do PSL, do governo, não é pauta”, questiona o rapaz.
O manifestante aparece discutindo com um homem, identificado pelo jornal Folha de S. Paulo como Marcos Koren , segurança do ministro, a respeito das reclamações: “Ele (Moro) não pode falar sobre isso? Por que o senhor quer conversar comigo lá fora? Quer me censurar por isso?”
Em resposta, Koren responde que está atrás do rapaz no caixa para comprar “uma água”. Ele pede que o rapaz não grite e ouve em resposta: “Com a presença do Sergio Moro por que não posso gritar?”. E justifica: “Estou gravando porque estou em um ambiente público e ele é um ministro.”
Moro, visto em outro caixa, diz que o manifestante “está sendo desagradável e mal-educado com todo mundo”.
“Os áudios vazados da Dilma o senhor não foi mal educado, né? Agora fica pianinho, caladinho?”, respondeu o autor do vídeo. “Censurar é típico de vocês”, continua o homem, que também chama o ministro de “lixo de gente”.
Ao fundo, também é possível ouvir a voz de uma mulher exigindo aumento de reforços na segurança pública do estado do Ceará, que sofre com ataques criminosos desde o dia 2 de janeiro. Diante da discussão entre Moro e o outro manifestante, ela também critica o ministro: “No dia em que senhor recusar o auxílio moradia, você fala.”