Uma jovem relatou em suas redes sociais o desespero vivido por uma amiga dentro do Hospital, o breve relato chamou atenção de várias pessoas, e a reportagem do programa Voz Ativa decidiu conversar com a jovem e compreender o ocorrido.
A jovem de 19 que prefere não se identificar relata que passou por um aborto espontâneo no início do mês de agosto, e que desde então vinha sofrendo com fortes dores.
A jovem relata que estava tomando banho quando sentiu uma pressao muito forte no útero, e que em seguida viu uma poça de sangue no chão do banheiro; em desespero gritou por ajuda e sua mãe a levou ao hospital regional. Porém, para a sua surpresa a jovem foi comunicada de que deveria retornar “depois” para realizar exames mais específicos. Até este momento especifico ela não sabia que havia perdido o bebê.
“Eu não sabia ou no fundo não queria acreditar que meu filho (Benny) havia morrido, já estava quase tudo pronto para a sua chegada, o quartinho, as roupinhas, até mesmo o perfume; eu não sentia mais ele mexer, isso era desesperador, eu estava gestante há 6 meses, apos isso eu decidi por conta própria realizar uma ultrassonografia numa clinica particular, foi quando soube do aborto, isso me destruiu por dentro, a única coisa que me restava era fazer a curetagem fetal, fiquei por vários dias indo e voltando do hospital regional e sempre me era dito que não tinha medicamentos, eles nem sequer me internaram. Nunca vou me esquecer da forma grosseira que uma médica e uma técnica de enfermagem me trataram ali dentro. Por fim, meus colegas de trabalho fizeram uma vaquinha e eu pude realizar o procedimento, fiquei com um feto morto dentro do meu corpo por semanas, o Regional deixou de ser um Hospital, hoje aquilo é um açougue, um matadouro, um lugar horrível, quem necessita daquele lugar para sobreviver pode estar indo a caminho da morte”. Relatou a jovem.
Fonte: Aline Werneck