Com a possível negociação de fusão, o DEM e o PSL assinaram e divulgaram juntos nesta quarta-feira 08 de setembro, uma nota em que criticam o discurso do presidente Jair Bolsonaro ainda sem partido para a disputa das eleições presidênciais de 2022, durante sua participação no ato em São Paulo.
Esse foi seguramente o primeiro documento assinado pelas duas siglas (DEM e PSL). “Repudiamos com veemência o discurso do senhor presidente da República ao insurgir-se contra as instituições de nosso país”, diz trecho da nota emitida.
De acordo as informações e fontes com a coluna do Lauro Jardim, no jornal O GLOBO, as tratativas para a união estão avançadas e a presidência do partido deverá ficar com o PSL, que possui atualmente 53 deputados e um senador de mandatos atual.
A iniciativa também já havia sido reforçada pelo ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS). Segundo ele, o tema deverá ser tratado na reunião da Executiva do partido ainda nesta semana possivelmente.
“É uma ideia que se fortalece o DEM é um partido que discute muito internamente, e essa é uma conversa que precisa ser referendada”, disse Mandetta aos microfones.
Nota na íntegra
“O PSL e o Democratas entendem que a liberdade é o principal instrumento democrático e não pode ser usada para fins de discórdia, disseminação de ódio, nem ameaças aos pilares da própria Democracia.
Por isso, repudiamos com veemência o discurso do senhor presidente da República ao insurgir-se contra as instituições de nosso país.
Hoje se torna imperativo darmos um basta nas tensões políticas, nos ódios, conflitos e desentendimentos que colocam em xeque a Democracia brasileira e nos impedem de darmos respostas efetivas aos milhões de pais e mães de família angustiados com a inflação dos alimentos, da energia, do gás de cozinha, com o desemprego e a inconstância da renda.
Não existe independência onde ao cidadão não se garantem as condições para uma vida digna. O Brasil real pede respostas enérgicas e imediatas.
Coloquemos as mãos à obra”.