A região do extremo sul da Bahia vem passando por situações difíceis com o grande surto de malária. Subiu para 58 o total de casos confirmados. Desses casos, 53 são de Itabela e cinco são da cidade de Porto Seguro. Nenhuma morte ainda foi registrada na região, desde o começo do surto, que iniciou-se em junho.
No último boletim divulgado pela Secretária Estadual de Saúde (Sesab), no dia 13 de julho, a região registrava 51 casos confirmados sem nem uma morte.
Até está quarta-feira (21), na cidade de Itabela, seis pessoas estão em tratamento e 47 estão em monitoramento. Setenta e seis lâminas coletadas deram negativo.
Até esta quarta, havia apenas um caso confirmado da doença em Porto Seguro. Porém, o “caso índice” que é o homem que veio do Amazonas até um assentamento em Itabela com a doença, se hospedou em Trancoso. Com isso, o mosquito picou o homem que estava contaminado e, depois, picou pessoas próximas ao local em que eles estava.
Surto EM NOSSA região
A grande maioria das pessoas que testaram positivo mora na zona rural, especificamente no assentamento Margarida Alves, em Itabela, onde um homem, infectado pela doença e que estava em Manaus, fez uma visita a seus familiares em outubro do ano passado.
No dia 7 de julho, em apenas 24h, a Sesab registrou aumento de nove para 35 casos de malária na região extremo sul: 34 em Itabela, e um caso em Porto Seguro. Dois dias antes, o total era de nove casos. A primeira confirmação ocorreu no dia 2, em Itabela.
Em 9 de julho, a coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Sesab, Ana Cláudia Nunes informou que Itabela registrava 42 casos. Disse ainda que a situação é considerada um surto e para evitar que se torne uma epidemia, a Sesab montou um laboratório na cidade, desenvolvendo diversas ações de combate ao mosquito transmissor, entre elas o uso de inseticida.
Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a malária é potencialmente grave e costuma ser transmitida ao ser humano pela picada de mosquitos infectados pelo parasita. A doença também pode ser transmitida por compartilhamento de seringas, transfusão de sangue e até de mãe para feto, na gravidez.
Entre os sintomas estão febre alta, calafrios, sudorese, sentindo corpo meio surrado, e dor de cabeça. Além disso, também podem surgir dores musculares, taquicardia e aumento do baço. Nos casos letais, o paciente ainda desenvolve o que se chama de malária cerebral.