Mesmo aqueles e aquelas que deveriam zelar pela justiça, são os que nos causam repulsa, nos envergonham e nos enojam.
É fato, que há décadas, políticos são afastados pelas câmaras municipais e pelos juízes das comarcas de primeira instâncias, localizadas nos municípios do interior da Bahia, viajarem para Salvador, e dois ou três dias depois estarem de volta às seus cargos, desfilando pelas ruas das cidades sob os aplausos dos seus comparsas e gente interesseira.
Em muitos municípios do sul e extremo sul da Bahia, fatos assim, sempre aconteceram. É histórico. Vejam os exemplos de Itapebi, Itabela, Guaratinga e outras cidades.
Nos últimos dias estão vindo às claras as intervenções por parte do Conselho Nacional de Justiça e da Polícia Federal nos Tribunais de Justiça de alguns estados como, o Maranhão, Espírito Santo, Bahia, Goiás, Brasília e outros. E agora, mais recentemente, no Mato Grosso do Sul, com a Operação Última Ratio, que culminou com os afastamentos e os envolvimentos de nove desembargadores, e com dezenas de buscas realizadas pela PF.
Os últimos quatro meses, oito desembargadores do Tribunal de Justiça do Mato Grosso (TJ-MT), do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul (TJ-MS) e do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) foram afastados por suspeitas de venda de sentenças. Segundo as investigações, os casos apontam a influência externa de terceiros nas Cortes dos três Estados.
A situação é tão vergonhosa, que somente na casa de um desembargador lá no MS, foram apreendidos cerca de R$ 4 milhões.
Existem até empresários atuando como lobistas nas vendas de sentenças. Advogados assassinados. Observamos uma advocacia em conluios escancarados com assistentes de desembargadores e juízes e outros agentes do judiciário. Essas práticas estão sendo denunciadas e descobertas, vindo à tona através da imprensa nacional e nas redes sociais. Um escândalo atrás do outro!
Diante desses fatos, a dúvida predomina no seio da sociedade. Quem é pior, bandidos criminosos, ou criminosos que liberam os bandidos?