BRASÍLIA — Cálculos preliminares da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) preveem que as contas de luz podem subir, em média, 16,68% no próximo ano, principalmente por conta da crise hídrica, que atinge as principais hidrelétricas do país.
Para evitar que as contas disparem, a agência reguladora já analisa medidas para mitigar os efeitos para os consumidores e manter os reajustes inferiores a dois dígitos.
Para economizar, ligue o aparelho apenas quando for dormir e desligue logo ao acordar. Uma opção é usar a função sleep, disponível em alguns modelos. Outro cuidado é manter o ar-condicionado em temperatura adequada. Especialistas recomendam 23ºC. Não é preciso colocar temperatura muito baixa, para não gastar muita energia.
Em uma família com quatro pessoas, o uso do chuveiro elétrico corresponde a cerca de 25% da conta de luz. Para economizar, evite banhos muito longos e dê preferência a usar o chuveiro no modo verão, que economiza até 30% de energia.
Em uma família com quatro pessoas, o uso do chuveiro elétrico corresponde a cerca de 25% da conta de luz. Para economizar, evite banhos muito longos e dê preferência a usar o chuveiro no modo verão, que economiza até 30% de energia.
Lima avalia, no entanto, que novas ações projetadas pela Aneel, como a antecipação de recursos decorrentes da privatização da Eletrobras, consigam reunir R$ 8,5 bilhões e reduzir o reajuste da tarifa cobrada dos consumidores.
Com essas medidas adicionais, em vez dos 16,68% previstos para 2022, a gente ainda tem uma previsão de reajuste de 10,73%, mas estamos ainda estudando alternativas — disse o diretor.
As tarifas de energia são reajustadas caso a caso e são diferentes para cada distribuidora de energia.
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O superintendente da Aneel afirma que diversos fatores justificam a alta das tarifas. Por conta da crise hídrica, mais energia tem sido gerada por termelétricas, mais caras.
Parte dessa conta é coberta pelas bandeiras tarifárias, mas nem o restante será repassado para as tarifas em 2022, com incidência de juros.
Entre as medidas, está por exemplo a redução do uso da água para navegação, com indenização para quem saiu prejudicado.
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Além disso, a alta do dólar impacta nas contas porque o custo de Itaipu é cobrado na moeda americana.
O superintendente da Aneel disse que o órgão analisa medidas para evitar que a conta fique salgada.
— A meta que a Aneel tem este ano é buscar reajustes tarifários inferiores a dois dígitos — disse.
Fonte: O Globo